Month – março 2013
Itaperuna – Alfredão presta contas nesta segunda feira numa cadeia de rádios
Segundo o próprio Prefeito, ele falará sobre a situação em que encontrou a Prefeitura e sobre tudo o que conseguiu fazer em seus primeiros 3 meses de Governo.
Itaperuna – Dia 3 de Abril manifestação dos concursados
Em Itaperuna hospede-se no Hotel Albinos
Itaperuna – Leitor preocupado com descaso da atual administração do Município fotografa Avenida esburacada
QUERIDO ADILSON, SOU MORADOR DA AV PREFEITO ORLANDO TAVARES, E FICO PREOCUPADO COM O DESCASO DA ATUAL ADM PÚBLICA DO MUNICÍPIO. SABEMOS QUE A SITUAÇÃO DA PREFEITURA NÃO É BOA FINANCEIRAMENTE, MAS NADA QUE MEIO CAMINHÃO DE ASFALTO 4 A 5 HOMENS PARA FAZER REPAROS NESSA VERGONHA. OUTRO DETALHE É QUE OS CARROS FICAM FAZENDO DESVIOS, PRENÚNCIO DE MAIS ACIDENTES NA CIDADE.
Itaperuna – Garanta o sucesso da sua festa fale com o Thalis
Itaperuna – Uma grande oportunidade
FICHA DE INSCRIÇÃO
Escritório de Produções Artísticas e Culturais
Rua Bonifácio Alonso, 597 – Chalé 02 – Itaperuna/RJ

Itaperuna – Remédio mais barato é na Drogaria Central
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Itaperuna – O rei reina mas não Governa
Por Thiego Ladeira
Alexandre da Auto Escola, Alexandre Martins, Péricles, Alfredão, Feijó(Garotinho) e Jair Bittencourt
A última eleição para prefeito e vereadores foi uma das grandes oportunidades de renovação política em nossa região. Bancado politicamente por um grupo político formado por ex-prefeitos, atuais vereadores e empresários de Itaperuna , a cidade optou pela mudança vencendo com ampla vantagem de votos, trazendo esperança e renovação ao triste cenário de estagnação que a cidade enfrentava ao longo dos últimos anos.
Hoje, poucos meses após a eleição, a alegria inicial de todos itaperunenses dá lugar a frustração por perceber que a esperança de mudança não tem previsão de acontecer logo de início, devido aos muitos problemas que a cidade enfrenta em diversos setores. Percebemos que ao entrar no poder o nosso representante se torna refém de um sistema político viciado que persiste ao longo dos anos em nosso país. E que de imediato dificilmente conseguirá sair dele. Fica então a pergunta: se quem decide é o grupo político, o prefeito então não terá condições de ter uma “administração independente”?
O atual sistema baseado na troca de favores é o grande “mal da política” e quase todos os prefeitos herdaram este sistema falido desde a época da “República do Café com Leite”. O prefeito já entra sem nenhuma independência para aplicar o que ele pensa. Ele já herdou algo pronto e com o qual ele não vai romper, pois ao entrar em uma escolha de um grupo político ele já se comprometeu. Quando se fala de uma eleição, não tem como o vencedor só governar para grupos políticos. A cidade é de todos, a administração pública tem a obrigação de atender as necessidades da cidade, não de grupos.
Como conseqüência disto: faltam boas gestões e qualidade nos serviços públicos em nosso país. Os problemas não são pontuais, eles estão em todas as áreas, o que prova que é um problema de gestão, e como as gestões nunca resolveram os problemas, percebemos que o problema está no grupo político decidindo os rumos das cidades sem se preocupar com os anseios da população.As vezes o prefeito é bem intencionado, mas sua equipe é refém de um sistema já implantado, pronto, e ele não vai conseguir mudar isso.
Enquanto não houver uma mudança cultural que permita à sociedade perceber que cabe ao povo ser o grande agente social (político, econômico, cultural, etc.) e que o poder público deve somente representar estes interesses. Quando esta lógica se inverte, baseado no interesse de grupos políticos ,vemos a origem da falência do país.O jeito é esperar que um ambiente cultural e político vindo por “imposição do povo” possa permitir o florescimento de políticos e que, uma vez no poder, estes sejam capazes de resolver o problema, problema estes que sejam propostos pelo povo e não pelo grupo político.Se um dia queremos inovar, precisamos mudar esta política de grupo político no qual eles decidem e o povo vota e obedece.
Precisamos urgente de uma aproximação da gestão com o cotidiano do cidadão. A administração pública tem que se modernizar. Hoje em dia não dá mais para achar normal uma pessoa precisar de um documento e tenha que ir até a prefeitura e após uma jornada que chega a mais de 1 mês , o processo ainda tenha que voltar sem solução? Isso é má gestão, é a má qualidade do serviço público. É a gestão não querendo viver o cotidiano do cidadão, mas sim vivendo a margem de quem o elegeu em um mundo onde os beneficiados são de um grupo político. Precisamos de qualidade para o serviço público e isso começa baseado na competência e mérito, não no favor. Assim esta almejada relação do cidadão com o poder público só se dará se seus funcionários forem concursados.É uma mera prestação de serviços e que a cabe o poder público entender que é sua obrigação.Vendo este cenário, observamos que é “necessário inverter a situação política que tem predominado”, onde o povo ao invés de obedecer deveria impor as necessidades a serem resolvidas. E o político se comprometeria com o povo não com um grupo político.
O cenário político atual é de completa indefinição e incerteza, portanto este sentimento de frustração se dá porque o eleitor deposita a sua confiança em um “salvador da pátria”, onde o líder tem a responsabilidade de acabar com todos os problemas, mesmo que este líder seja apresentado de uma forma parcial por outra pessoa.Ou seja, é preciso mudar a relação entre o político e o eleitor, onde esta relação já no período eleitoral não deveria haver intermediários. E o que acontece? Ocorre a quebra de confiança e o povo reage questionando o por quê das coisas não aconteceram do jeito que foi apresentado no período eleitoral?A política e as eleições não deveriam ser a expressão de vontades e vaidades pessoais tanto por parte do eleitor quanto por parte dos candidatos. E os fatos que decepcionam os eleitores fazem crer que o principal problema são as promessas apresentadas pelos intermediários dos grupos políticos, onde os homens que ali estão pensam individualmente e se esquecem de que ao estar no poder o que eles precisam na verdade é apresentar um projeto coletivo.
Hoje aqui em Itaperuna esta frustração com relação ao desejo de uma imediata mudança e renovação se deu em pouco tempo. Após a euforia, veio a verdade e as decisões precisaram acontecer. A frustração se dá porque percebemos que o prefeito não é o homem que representa o povo e sim o homem que representa uma estrutura montada por um SISTEMA, os nomes mudam mas esta estrutura persiste por mais de 25 anos em nosso município.Um dos fatores que não fazem mudar a atual a estrutura está o “apego ao poder” por parte dos grupos que dominam a cidade. Os governos se alternam e só oferecem “migalhas ao povo, como se fosse a maior maravilha do mundo”. Se os governos fossem auto-críticos eles mesmos se demitiriam por sua incompetência ao longo dos anos .Basta ver o longo período de estagnação que nossa região vive. Sendo considerada a região mais pobre do Estado do Rio de Janeiro.
O descrédito da Política vem em boa parte da “subserviência dos governantes aos interesses dos grupos políticos, na medida em que significaram também dar as costas para os anseios das populações”.Neste contexto, é preciso que todos os segmentos da sociedade sejam chamados para uma real e efetiva participação.Itaperuna não se desenvolve por inépcia de uma classe política que se alterna no poder por anos e que são controladas por grupos políticos diferentes e que agora se divide em dois grupos: os que governam; e os que fazem oposição para virem a governar.
A reforma política, especificamente seria uma alternativa , para mudar este sistema viciado que sempre nos engana.”Após as eleições vemos sempre variações de um tema já há muito conhecido por nós: promessas, discursos vazios e as mentiras de sempre.Quando votamos, entregamos o nosso direito de fazer política aos políticos que, como comprovamos a cada ano, a partir do momento que entram no governo, rendem-se à lógica do poder e do dinheiro”.
“Pesquisa recente indica que boa parcela da população brasileira diz que agiria da mesma maneira (dos políticos) se tivesse cargo público, ou seja, cuidaria dos interesses privados. A atitude de muitos políticos estaria reproduzindo a falta de espírito ou interesse público da população. E isso também se revela no hábito arraigado de “tirar vantagem em tudo”, no descumprimento de tantas normas no comportamento público, a começar pela sonegação de impostos, pela busca de auxílio do Estado e dos políticos quando se precisa de um favor ou de um privilégio.
“Um aspecto desta crise está no fato de que a Política é cada vez mais menosprezada em favor de nossos interesses privados ou particulares, ou então, em favor dos nossos interesses econômicos”.Assim os grupos políticos influenciam diretamente e defendem aquilo que os interessa de forma particular ,não coletiva.
“O rei reina mas não governa”,esta frase histórica para efeito de informação se refere a implantação do regime de Monarquia Parlamentarista na Inglaterra.Nesse sistema quem governa o país é o 1º Ministro, eleito pela maioria do Parlamento.Ao rei cabe a função de Chefe de Estado e representa a nação.Nas Democracias Parlamentaristas, tipo Portugal, o Presidente da República é o Chefe de Estado, eleito pelo povo e o 1º Ministro governa o país, eleito pelo Parlamento.Por isso se diz que o rei reina, mas não governa.
Na Grã Bretanha é assim, quem governa é o 1º Ministro, mas a Rainha ainda é o Chefe da Nação e representa o país nas questões internacionais”.
“O conceito de influência tem sido bastante desenvolvido por alguns autores contemporâneos, principalmente por Lasswell e Dahl,nas distinções feitas entre o mesmo e os conceitos de força e de poder. A influência situa-se na zona de fronteira entre a manifestação do interesse e a pressão, situando-se antes da utilização da força. Para Harold Lasswell, influência é a capacidade de alguém poder impor, de forma coercitiva, determinados interesses numa determinada relação social.
Dahl faz uma distinção entre força, influência e poder. A força é entendida como mera imposição de uma situação ou fato, enquanto a influência aparece como uma relação entre atores, onde um deles leva os outros a agir de modo diferente daquele em que teriam agido sem a presença do primeiro. Já o poder constitui um caso especial de influência que implica perdas severas para quem se recusa a conformar , significando uma capacidade para alterar a probabilidade dos resultados que serão obtidos”.
O resultado da influência danosa dos grupos políticos no processo decisório eleitoral e principalmente nos líderes dos grupos, é que ela provoca uma enorme “frustração do povo que mais uma vez se sente excluído do processo pós eleição”. E o que vemos durante a eleição “é uma política inconsistente feita com alianças de última hora e concessões maiores do que deveriam ser feitas.E isso gera o fim dos objetivos primordiais do grupo, já que tiveram que abrir mão de alguns pontos para haver a coesão. Ocasionando assim um ruptura e a desilusão do povo”.
Os atuais representantes eleitos pelo povo representam o desejo do povo pela mudança. Porém precisamos entender que tudo em nossa vida é necessário tempo. Tempo para reconstruir, tempo para mudar,tempo para errar e tempo para acertar.Só o tempo irá dizer isto tudo. Agora a única coisa que já não precisamos mais de tempo para saber é que em Política as decisões não podem ser de um grupo político e sim do povo. E cabe ao povo se ver representado e propor as mudanças que forem necessárias, segundo as suas necessidades, baseados no interesse coletivo e não no pessoal.Afinal acreditamos e depositamos a confiança em um líder, pois ele nos fez acreditar que era possível mudar o que estava de errado.Então também precisamos de tempo para percebermos se fizemos a escolha certa, pois só com o tempo, com a percepção e a reflexão é que entenderemos qual o verdadeiro sentido do jogo democrático .E estes três pontos é que vão nos dar a certeza se os nossos interesses estão sendo representados ou se mais um vez serão os interesses de grupos políticos? Depois disso, ai sim, poderemos com total conhecimento avaliarmos se estamos sendo atendidos ou não por quem nos representa? Será que quem nos representa , realmente nos representa? Ou representa o atual sistema de grupos políticos? Este atual sistema de grupos políticos que sempre existiu em nossas terras e que nos faz lembrar muito a velha Inglaterra. E que ao olharmos todo o cenário político local vemos que a máxima ainda prevalece na frase onde :O rei reina mas não governa!
Só o tempo e o amadurecimento para nos dizer se continuaremos ou não citando esta frase. Enquanto isso podemos ainda afirmar : “as Regiões Norte e Noroeste, com altos índices de pobreza, têm sua economia baseada, em grande medida, na atividade agropecuária. A estagnação ou declínio dessa atividade tende a agravar os problemas dessas regiões, contribuindo para piorar seus baixos índices de desenvolvimento conseqüente redução e envelhecimento da oferta de mão-de-obra, e o pior ela se caracteriza pela migração de jovens em busca de trabalho nas cidades beneficiadas pelos royalties do petróleo, de maior dinamismo.” É como diz o ditado “enquanto não houver honestidade não haverá prosperidade”.
Fontes: Google, Revista de Economia, G1, Uol e Sociologia Rural